Descritores Spaece Lingua Portuguesa 9O Ano Com Exemplos De Textos: dominar a língua portuguesa é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. No 9º ano, os alunos se deparam com desafios ainda maiores, como a interpretação de textos complexos, a produção de textos argumentativos e a análise crítica de diferentes gêneros textuais.
É nesse contexto que os descritores do Spaece se tornam ferramentas essenciais para o aprendizado, proporcionando aos alunos um guia para a leitura, escrita e interpretação de textos de forma mais eficiente e profunda.
A utilização dos descritores em sala de aula garante que os alunos compreendam os elementos-chave de cada gênero textual, como a função social, o público-alvo, a linguagem e as características estruturais. Além disso, os descritores permitem que os professores avaliem o nível de aprendizado dos alunos de forma mais precisa e justa, garantindo que todos tenham acesso a um ensino de qualidade e que estejam preparados para os desafios do futuro.
Introdução aos Descritores da Língua Portuguesa
Os descritores de Língua Portuguesa são ferramentas essenciais para o ensino e aprendizagem da língua. Eles atuam como guias, definindo as habilidades e competências que os alunos devem desenvolver em cada etapa da escolaridade. No 9º ano, os descritores assumem um papel crucial, preparando os alunos para os desafios do ensino médio e para a vida acadêmica e profissional.
Importância dos Descritores
Os descritores são fundamentais para garantir a qualidade do ensino da língua portuguesa. Eles oferecem um referencial claro e objetivo para:
- Definir as expectativas de aprendizagem:Os descritores estabelecem as habilidades que os alunos devem dominar em cada etapa da escolaridade, garantindo que todos estejam aprendendo os mesmos conceitos e competências.
- Orientar o planejamento das aulas:Os professores podem usar os descritores como base para elaborar planos de aula, atividades e avaliações, garantindo que o conteúdo seja abordado de forma completa e eficiente.
- Avaliar o aprendizado dos alunos:Os descritores servem como parâmetros para avaliar o desempenho dos alunos, permitindo que os professores identifiquem os pontos fortes e fracos de cada um e ofereçam suporte individualizado.
- Promover a autonomia dos alunos:Ao conhecer os descritores, os alunos podem se tornar mais conscientes de seus próprios processos de aprendizagem, assumindo um papel mais ativo em seu desenvolvimento.
Função dos Descritores no 9º Ano
No 9º ano, os descritores desempenham um papel fundamental na consolidação das habilidades de leitura, escrita, oralidade e interpretação de textos. Eles preparam os alunos para os desafios do ensino médio, como a produção de textos mais complexos, a análise crítica de diferentes gêneros textuais e a participação em debates e discussões.
Exemplos de Utilização dos Descritores em Sala de Aula
Os descritores podem ser utilizados de diversas formas em sala de aula, como:
- Análise de textos:Os alunos podem usar os descritores para analisar textos de diferentes gêneros, identificando elementos como a intenção do autor, o público-alvo, a linguagem utilizada e a estrutura textual.
- Produção de textos:Os descritores podem servir como guia para a produção de textos escritos, ajudando os alunos a organizar as ideias, desenvolver argumentos, utilizar recursos linguísticos adequados e revisar seus textos.
- Atividades de oralidade:Os descritores podem ser utilizados para avaliar a capacidade dos alunos de se expressar oralmente, utilizando a linguagem de forma clara, precisa e adequada ao contexto.
- Avaliação da aprendizagem:Os descritores podem ser utilizados para elaborar provas e atividades avaliativas, garantindo que os alunos sejam avaliados de forma justa e consistente.
Descritores Específicos do 9º Ano
Os descritores do 9º ano são organizados em categorias que refletem as habilidades e competências essenciais para o desenvolvimento da linguagem nesse nível de ensino. Cada descritor aborda um aspecto específico da língua portuguesa, com exemplos de textos que ilustram sua aplicação.
Compreensão e Interpretação de Textos
Os descritores relacionados à compreensão e interpretação de textos permitem que os alunos desenvolvam habilidades para analisar, interpretar e sintetizar informações de diferentes gêneros textuais.
- D1- Identificar o tema central de um texto.
Exemplo: No texto “O Menino Maluquinho”, de Ziraldo, o tema central é a fantasia e a criatividade da criança.
- D2- Localizar informações explícitas em um texto.
Exemplo: No conto “A Princesa e o Pobre”, de Oscar Wilde, a informação explícita é que a princesa e a camponesa se parecem fisicamente.
- D3- Inferir informações implícitas em um texto.
Exemplo: No poema “O Corvo”, de Edgar Allan Poe, a tristeza e o desespero do narrador são informações implícitas.
- D4- Identificar o gênero textual.
Exemplo: O texto “A Carta”, de Machado de Assis, é um exemplo de carta pessoal.
- D5- Interpretar texto com base em diferentes linguagens.
Exemplo: Uma tirinha pode ser interpretada com base nos desenhos, nas falas dos personagens e na linguagem verbal.
- D6- Reconhecer o efeito de sentido produzido por recursos expressivos.
Exemplo: A metáfora “O tempo é um rio” produz o efeito de sentido de que o tempo flui e se transforma.
- D7- Analisar a função de elementos coesivos na construção da textualidade.
Exemplo: A conjunção “mas” em “O dia estava lindo, mas choveu” estabelece uma relação de oposição entre as ideias.
- D8- Identificar a intenção do autor.
Exemplo: No conto “O Gato Preto”, de Edgar Allan Poe, a intenção do autor é causar suspense e terror no leitor.
- D9- Reconhecer a função sociocomunicativa de um texto.
Exemplo: A função sociocomunicativa de um anúncio publicitário é persuadir o público a comprar um produto ou serviço.
- D10- Analisar a organização e a estrutura de um texto.
Exemplo: A estrutura de um conto geralmente inclui a introdução, o desenvolvimento e o desfecho.
- D11- Estabelecer relações entre partes de um texto.
Exemplo: A relação entre a primeira e a última frase de um parágrafo pode ser de causa e consequência, de oposição ou de complementação.
- D12- Identificar a função da linguagem predominante em um texto.
Exemplo: Em um texto poético, a função da linguagem predominante é a poética, que visa a expressão artística.
Produção de Textos
Os descritores relacionados à produção de textos orientam os alunos na construção de textos escritos, desde a organização das ideias até a revisão e edição.
- D13- Planejar o texto, considerando o gênero textual, o público-alvo e a intenção comunicativa.
Exemplo: Para escrever uma carta argumentativa, o aluno deve considerar o gênero textual, o público-alvo (quem receberá a carta) e a intenção comunicativa (o objetivo da carta).
- D14- Selecionar e organizar informações relevantes para o desenvolvimento do tema.
Exemplo: Ao escrever um artigo sobre a poluição, o aluno deve selecionar e organizar informações relevantes sobre o tema, como as causas, os impactos e as soluções.
- D15- Construir parágrafos com frases coesas e coerentes.
Exemplo: Um parágrafo bem escrito deve ter frases coesas e coerentes, que se conectam de forma lógica e contribuem para a compreensão do tema.
- D16- Utilizar recursos coesivos para garantir a progressão temática do texto.
Exemplo: O uso de conectivos como “portanto”, “contudo”, “além disso” garante a progressão temática do texto, estabelecendo relações entre as ideias.
- D17- Empregar os recursos gramaticais de acordo com a norma padrão.
Exemplo: O aluno deve dominar a concordância verbal e nominal, a regência verbal e nominal, a colocação pronominal e a pontuação de acordo com a norma padrão.
- D18- Utilizar a linguagem formal ou informal, de acordo com a situação comunicativa.
Exemplo: Em uma carta formal, a linguagem deve ser formal, enquanto em uma mensagem para um amigo, a linguagem pode ser informal.
- D19- Revisar e editar o texto, verificando a clareza, a coesão, a coerência e a adequação à norma padrão.
Exemplo: Após escrever um texto, o aluno deve revisá-lo para verificar se as ideias estão claras, se as frases estão coesas e coerentes e se o texto está adequado à norma padrão.
Oralidade e Interação
Os descritores relacionados à oralidade e interação permitem que os alunos desenvolvam habilidades para se comunicar oralmente de forma clara, eficiente e adequada ao contexto.
- D20- Compreender e interpretar textos orais.
Exemplo: O aluno deve ser capaz de compreender e interpretar textos orais, como palestras, debates, entrevistas e apresentações.
- D21- Expressar-se oralmente com clareza, coesão e coerência.
Exemplo: O aluno deve ser capaz de se expressar oralmente de forma clara, coesa e coerente, utilizando a linguagem de forma adequada ao contexto.
- D22- Interagir em situações de comunicação oral, utilizando estratégias de escuta e de fala adequadas.
Exemplo: O aluno deve ser capaz de interagir em situações de comunicação oral, como debates, apresentações e conversas informais, utilizando estratégias de escuta e de fala adequadas.
- D23- Utilizar recursos não verbais para enriquecer a comunicação oral.
Exemplo: O aluno deve ser capaz de utilizar recursos não verbais, como a expressão facial, a postura corporal e os gestos, para enriquecer a comunicação oral.
Análise de Textos com Descritores
Descritor | Texto | Análise | Exemplo |
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D1
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“O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry. | O tema central do livro é a amizade, a busca por sentido na vida e a importância de olhar para o mundo com a inocência e a curiosidade de uma criança. | O Pequeno Príncipe, ao viajar por diferentes planetas, encontra personagens que representam diferentes aspectos da vida adulta, como o vaidoso, o bêbado, o rei e o comerciante. Através dessas experiências, ele aprende sobre o amor, a amizade, a responsabilidade e a importância de cultivar a imaginação. |
D2
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“A História da Capelinha”, de Monteiro Lobato. | No conto, a informação explícita é que a capelinha foi construída por um casal de camponeses em homenagem à Virgem Maria. | “A História da Capelinha” narra a história de um casal de camponeses que, em sinal de gratidão à Virgem Maria por ter lhes concedido uma filha, construiu uma capelinha em sua homenagem. A capelinha se torna um local de devoção para a comunidade, que se reúne ali para rezar e celebrar a fé. |
D3
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“O Cortiço”, de Aluísio Azevedo. | No romance, a informação implícita é que o cortiço é um ambiente degradante e insalubre, que contribui para a miséria e a violência. | “O Cortiço” retrata a vida em um cortiço, um local de pobreza e promiscuidade, onde os moradores vivem em condições precárias. O ambiente degradante e insalubre do cortiço contribui para a disseminação de doenças, a violência e a exploração, revelando as desigualdades sociais da época. |
D4
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“O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna. | O texto é um exemplo de auto, um gênero teatral que se caracteriza por apresentar temas religiosos e morais, com personagens alegóricos e linguagem popular. | “O Auto da Compadecida” é uma peça teatral que narra a história de João Grilo e Chicó, dois personagens populares que se envolvem em diversas situações engraçadas e perigosas. A peça aborda temas como a fé, a justiça, a compaixão e a bondade, com uma linguagem popular e personagens que representam diferentes aspectos da sociedade. |
Atividades Práticas com Descritores: Descritores Spaece Lingua Portuguesa 9O Ano Com Exemplos De Textos
A aplicação dos descritores em atividades práticas permite que os alunos vivenciem o aprendizado da língua portuguesa de forma mais dinâmica e significativa.
Atividades de Análise Crítica de Textos
- Leitura e análise de diferentes gêneros textuais:Os alunos podem ler textos de diferentes gêneros, como poemas, contos, notícias, artigos de opinião, anúncios publicitários, tirinhas, etc., e analisar os textos com base nos descritores, identificando o tema central, as informações explícitas e implícitas, o gênero textual, a intenção do autor, a função sociocomunicativa, a estrutura textual, os recursos expressivos, etc.
- Criação de mapas conceituais:Os alunos podem criar mapas conceituais para organizar as ideias e informações extraídas dos textos, utilizando os descritores como base para a organização das informações.
- Produção de resumos, paráfrases e sínteses:Os alunos podem produzir resumos, paráfrases e sínteses de textos, utilizando os descritores para garantir a fidelidade ao texto original e a clareza na apresentação das informações.
- Discussões em grupo:Os alunos podem participar de discussões em grupo sobre textos lidos, utilizando os descritores para formular perguntas, apresentar argumentos, defender seus pontos de vista e construir um diálogo crítico e reflexivo.
Atividades de Produção Textual
- Produção de textos escritos:Os alunos podem produzir textos escritos de diferentes gêneros, como cartas, artigos de opinião, poemas, contos, etc., utilizando os descritores como guia para a organização das ideias, a construção de parágrafos, a utilização de recursos linguísticos adequados, a revisão e edição do texto.
- Criação de peças teatrais:Os alunos podem criar peças teatrais com base em textos lidos, utilizando os descritores para desenvolver personagens, criar diálogos, construir cenários e elaborar figurinos.
- Produção de vídeos:Os alunos podem produzir vídeos com base em textos lidos, utilizando os descritores para desenvolver roteiros, filmar cenas, editar imagens e adicionar trilhas sonoras.
- Criação de jogos:Os alunos podem criar jogos com base em textos lidos, utilizando os descritores para elaborar regras, criar desafios e desenvolver estratégias de jogo.
Compreender os descritores do Spaece e aplicá-los na prática é crucial para o sucesso dos alunos no 9º ano. A partir da análise de textos, da criação de atividades práticas e do uso de recursos didáticos adequados, os alunos desenvolvem habilidades essenciais para a vida acadêmica e profissional.
É importante lembrar que o domínio da língua portuguesa não se limita à memorização de regras gramaticais, mas sim à capacidade de utilizar a linguagem de forma eficiente e eficaz em diferentes contextos.